domingo, 24 de julho de 2011

Confesso que a luz mais apagada agora, me convertia um pouco mais de conforto... Olhei-me no espelho... A mesma casca de sempre. Mas meu ego estava indo contra todas as secas lágrimas que ousassem cair. Seria minha hora. A nossa hora... Há tempos não sentia o que estava prestes a sentir. Como isso era bom... Olhei-me novamente, e agora sutilmente um sorriso malicioso surgiu.
Virei-me. Aquela criatura, intacta, de olhos em mim. O nervoso tomou conta de mim, engoli a seco e fui ao bote. Era essa minha função da noite, era esse o meu desejo. Pudi sentir que o corpo a diante também estava frágil, uma fragilidade que poderia ser mais considerada necessidade. Era tão bom saber que este também necessitava do meu contato... Lentamente as vibrações daquela triste e lenta música foram tomando conta do meu corpo, e da minha mente. Fui-me esquecendo de tudo... Lembrei-me apenas do amor que aquela criatura despertava em mim, das milhares de sensações: desejo, carinho, afeto. Eu o amava mais que tudo. Eu o queria mais que qualquer outra coisa. Tudo que enxergava era ele, com os olhos grudados em mim, um azul que me iluminava inteira. Olhava-me como se pudesse ver o vermelho do meu sangue me envolvendo sobre minhas veias, em cada curva ou gingado do meu corpo. Fui me aproximando, e quando meu rosto se encontrava muito perto do dele, sentimos nos nosso olhar que estávamos no lugar certo, e na hora certa. Não pude resistir, com uma das mãos, passei em seu rosto, e lentamente encostei meus lábios em seu ouvido, e com um voz frágil e tremula, sussurrei: "A hora é agora "

... Yes, give me a reason to love you, give me a reason to be... a woman. I just wanna be a woman...

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