quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A crueldade se esconde na velocidade em que o tempo se vai... Como o vento que bate em seu rosto apenas uma vez, sendo impossível recupera-lo, ou senti-lo o mesmo mais uma vez. Como uma onda que bate em seus pés com uma única intensidade por vez...
Equilibradamente junto com a crueldade vem a experiencia e o aprendizado. Ano de mudanças. Mudanças de vários aspectos. A experiencia e o aprendizado me proporcioram mudanças de pensamentos, de modo de falar, e me trouxeram pessoas. Pessoas, as quais com toda certeza nunca mais me esquecerei. Marcaram-se junto com os momentos vívidos inesquecíveis. Momentos que fizeram o meu mundo virar um mundo paralelo dos outros, e o da realidade natural. Vivi em buscas de meus sonhos, e objetivos, e com a graça de muiao força e vontade os mais importantes foram concretizados...
Aprendi que não bastar apenas querer, tem que querer com vontade, para ter, e sim, vcê terá. Aprendi que para você ter certeza que gosta de alguém, o primeiro passo é imaginar-se sem esse alguém... Aprendi que ninguém é perfeito pra ninguém, e que todo mundo tem o mesmo direito em tudo. Aprendi que amigos de verdade são parecidos com você, e ri contigo ao dizer algo que é engraçado apenas pra você. Aprendi como guardar lembranças para sempre.... foi preciso, pois além de tudo, será um ano tatuado em mim, e mt bem guardado para que quando me sentir triste ou sozinha, lembrar-me o quanto feliz fui, e como tive momentos maravilhosos....
Quero manter a mesma linha de pensamento, e que 2011 seja um ano fraterno e de boas comemorações.... e que, se continuar dessa mesma forma, a crueldade do tempo será recompensada pelo prazer de viver.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Inspiração dos meus sonhos não quero acordar, quero ficar só contigo não vou poder voar... Porque parar pra refletir se meu refletir se meu reflexo é você? Aprendendo uma só vida compartilhando prazer... Porque parece que na hora eu não vou aguentar, se eu sempre tive forças e nunca parei de lutar? Como num filme no final tudo vai dar certo, quem foi que disse que pra estar junto precisa estar perto?
O tempo que passamos juntos vai ficar pra sempre, intimidades brincadeira só a gente entende, pra quem fala que namorar é perder tempo, eu digo, há muito tempo eu não cresci o que eu cresci contigo, juntos no balanço da rede sob o céu estrelado, sempre acontece o tempo para quando estou do seu lado, a noite chega eu fecho os olhos é você que eu vejo... como eu queria estar contigo eu paro e faço um desejo: PENSA EM MIM QUE EU TO PENSANDO EM VOCÊ E ME DIZ, O QUE EU QUERO TE DIZER.... VEM PRA CÁ, PRA VER QUE JUNTOS ESTAMOS E TE FALAR MAIS UMA VEZ QUE EU TE AMO!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Eu e vc não é assim tão complicado, tão difícil de perceber... Quem de nós dois vai dizer que é impossível o amor acontecer? E se eu já dizer que já não sinto nada, que a estrada sem você é mais escura, eu sei vc vai rir da minha cara... eu ja conheço o seu sorriso, e o brilho do seu olhar, teu sorriso é só disfarce e eu já nem preciso..
sinto dizer que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar, entre nós dois não cabe mais um segredo além do que combinamos, no vão das coisas q agente disse, não cabe mais sermos somente amigos, e quando eu falo que eu nem quero a frase fica pelo avesso meio na contra mão, e quando eu finjo que esqueço eu não esqueci nada
e cada vez q eu fujo eu me aproximo mais, e te perder de vista assim , é ruim de mais, por isso q eu atravesso seu futuro e faço das lembranças um lugar seguro.. não é que eu queria reviver nenhum passado, e revirar um sentimento revirado, mas toda vez que eu procuro uma saída acabo entrando sem querer na sua vida...
eu procurei qualquer desculpas pra não te encarar, pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa, falar só por falar, que eu não to nem ai pra essa conversa e a história de nós dois não me interesse, se eu tento esconder meias verdades, você conhece o meu sorriso e o meu olhar...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Não havia mais ninguém, eu podia sentir meu coração bater. Nem eu mesma conseguia entender o porque disso, o porque de me sentir dessa forma. Só entendia que o causador agora também sentia-se assim, o tom de alegria atingiu por completo meu corpo quando pude perceber que estavamos no mesmo ritmo. Uma alegria triste, a mesma de sempre. Dessa vez, pela incerteza por não poder o entender nos mínimos detalhes, e por não saber quando me encontraria novamente assim.
Palavras já não eram o mais preciso, já não cabiam mais, já não faziam mais sentido algum... O nosso silêncio voltou. Ou foi daí que surgiu todo o silêncio que nos acompanha até então... De uma certa forma, eu estava completa como há tempos não ficava, ele me pertencia, naquele silêncio, nos centímetros que nos deixavam distantes, e eu queria quebra-los, para poder o abraçar e andaria por quilometros descalça na areia de um deserto para aproximar-me...
Por mais que meus pensamentos, dele fossem, voavam tentando me dar a melhor resposta para que eu pudesse entender onde tudo ia chegar, ou ao menos onde essa noite chegaria. Abri meus olhos, assim que pude senti-lo, tocando minha mão, como se fosse a primeira vez, como se fosse o único toque e calor que me aquecesse. Era divino. Sonhava com esse toque, e era o mesmo calor que me acolhia nas minhas noites de solidão... Aos poucos fomos nos unindo, e nos tornando cada vez mais fortes. "Desculpe-me por depender tanto de você", pensava comigo mesma, mas não tive coragem de romper o nosso silêncio de palavras. As palavras eram mudas, mas meus ouvidos captavam o som dos mínimos detalhes, desde os batimentos dos nossos corações, que faziam a mesma coreografia, que finalmente batiam juntos, ouvia o tom da respiração, o encher dos pulmões, a minha expiração de prazer por poder compartilhar o mesmo ar, e no mesmo instante, ouvia o arrepiar da pele, pelo nervosismo, o nervosismo que era prova que tudo realmente acontecia. Era emocionante saber que vivia em um sonho. E logo fui contemplada com o abraço mais acolhedor, protetor e aconchegante que já recebi em toda minha vida, e era ali que eu gostaria de ficar por um bom tempo, se não o tempo todo.

Imagine-me olhando nos seus olhos, minhas mãos passam pelo seu rosto, e mesmo por dentro querendo desviar, consigo te encarar, e tudo que acontece pelo mundo nesse momento é vago, sendo este um dos momentos que com mais certeza nos pertecemos um ao outro.

Precise de mim na sua rotina, nos seus dias, nas suas tardes e noite. Da minha fala do meu riso e meu toque. Precise dos meus beijos, carinhos e abraços... Precise de mim como eu preciso de você.... porque aí sim não precisaremos de mais nada...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mesmo que o tempo voe, eu estarei o tempo todo planejando uma maneira de te ter por perto. Mesmo que pessoas coadjuvantes tirem conclusões ao meu respeito e de tudo isso, eu continuo me importando apenas com o que você diz sobre tudo. Mesmo ignorando minhas vontades e deixando passar beijos e abraços, meu desejo vem toda vez que eu te vejo. Mesmo sem nada a dizer, falaria pelo universo para ter motivos e conversar com você. Mesmo que eu não pudesse mais falar nada, daria tudo para poder te observar por uma noite inteira. Mesmo triste, ao te ver sorrir, floresce algo em mim que me faz sorrir sincero. Mesmo nos momentos em que eu tive vontade de jogar tudo para o ar e esquecer tudo, ao fechar meus olhos me vinha você nos meus pensamentos, e por ser você, tenho vontade de continuar. Mesmo com os milhares de olhares já visto por mim, o que me intimida, me chama, me ganha, será sempre o seu par de olhos azuis. Mesmo com minhas recaídas, com minhas obsessões, acredite que tudo o que eu falo, além de ter sentido, é sincero SEMPRE. Porém espero que o tempo passe....

E agora o que eu vou fazer? Se seus lábios ainda estão molhando os lábios meus, e as lágrimas não secaram com o sol que fez..
E agora como posso te esquecer? Se seu cheiro ainda está no travesseiro, e o seu cabelo está enrolado no meu peito;

Espero que o tempo passe, espero que a semana acabe para que eu possa te ver de novo, espero que o tempo voe, para que você retorne para que eu possa te abraçar e te beijar de novo....
Quando a noite chega, e a terra está escura, a lua é a única luz que nós veremos... Nao, eu não tereu medi apenas se você ficar ao meu lado, fique ao meu lado;
Se o céu no que nós olhamos deva explodir e cair, e as montanhas devam se esmigalhar no mar eu não chorarei, eu não chorarei não, eu não derramarei uma lágrima apenas se você ficar ao meu lado, fique ao meu lado...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

stand by me

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E todos os amantes já adormeceram, e todas as palavras já se calaram, já não vive o mundo em que se perderam, nem as madrugadas em que se amaram...
Quero sentir, quero ouvir seus passos de volta a minha porta, pra dizer que me amava quando estava longe e deixar que a manhã juntos nos encontre e que passe a ser vida o que hoje é só sonho...
E que se acabe os segredos, e que se aumente os desejos, e assim enquanto eu te beijo que mude o destino por um minuto, que meu corpo encontre o se corpo num prazer absoluto e assim enquanto eu te abraço, me aperte em seus braços por um minuto.... De um jeito que só você sabe, se um jeito que só eu sei....
Já não há razão para não ser pra sempre, dessa vez há de ser, tem que ser diferente.

Não me deixe sozinha nem mesmo um pouco, que esse pouco me deixa cada vez mais louca..

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Espero pelo homem que me chama de foda, ao invés de linda. Um homem que faz de mínimos detalhes os mais marcantes dos acontecimentos. Um homem que para, e aprecie o pôr-do-sol comigo. Que passa a noite em claro, escutando minhas tolices, e ri delas. Que é sincero, e diz o que pensa. Espero pelo homem que me escuta, e me deixa falar, falar, falar sem se cansar, aparentemente ao menos. Que é além de tudo meu melhor amigo, e compartilha seus medos, alegrias e desastres. Que não tenha vergonha, de me apresentar para os amigos, ou de sair comigo quando acompanhada de amigas. Espero pelo homem do olhar que me intimida e que me conforta. Que me abraça forte, primeiramente, e depois me beija. Por ele, eu espero enquanto eu torço para que ele encontre uma mulher que preze mais inteligência do que aparência. Que entenda suas desculpas, e não crie caso. Que consiga ficar horas ao seu lado, olhando as estrelas. Espere pela mulher que goste de beijos ardentes e também de singelos cafunés. Que queira sempre leva-lo ao shopping quando vai sair com as amigas. Uma mulher que não fique tímida na frente de seus amigos. Que ache-o lindo mesmo de barba mal feita e que faça-o companhia nas festas de família. Aquela que demonstra o que realmente sente e quão feliz ela está quando está do seu lado. Que seja fiel, que tenha um pouco de ciúmes mas que não seja doentio e principalmente aquela que confie nele. Que ele definitivamente encontre aquela que esperará por ele, que quando ele está chegando, sussurra às amigas: "é ele".

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Você "presente", você "distante". Você por completo, e confuso. Você vazio e confortante. Não sei das quais milhares de facetas encaixaria-se melhor com o que eu procuro. Apenas por não querer nada mais disso. Nada de você vazio por completo, um completo vazio.
Nunca encontrei alguém como você. Percebi assim, que para ser feliz com uma outra pessoa, preciso, em primeiro lugar, não precisar dela. Apenas me incomodo com tua ausencia, e percebo assim, que saudades fazem parte de mim. O que não faz parte de nós não nos perturba. Sorria, mas não se esconda atrás do seu sorriso, mostre-me o que você é, sem medo. Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.

Agora, depois de tudo, sinto-me estranha, confusa, sem saber como me expressar.

"Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis. " - Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Palavras que foram dadas com tom de amanhecer
Levo a vida todo esse amor contigo
Se o destino quis então deixar a fruta no pé amadurecer
O tempo passa e cada dia reacende a nossa história
Levo a vida e ainda toco o barco
'Cê sabe o jeito que ainda me acho
Deixo de lado toda incerteza e sigo o coração

Eu acredito no amor
Em busca da fé eu vou
Em busca da fé eu vou

Quantas palavras tenho guardadas ainda pra dizer
Sei que vou abrir a porta o sol vai entrar contigo
Pois o amor é como luz da primavera faz tudo florescer
Renovando toda vida colorindo o mundo agora
Vida leva e ainda toco o barco
E um tropeço ela sai do passo
Sigo sempre a voz que vem do coração

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Preciso saber que eu estou no seu mundo, e talvez de uma certa forma no seu coração.
Não importa onde você esteha, ou para onde vá, ouço você dizer que me ama, tenho lembranças do seu toque, mas isso que não quer dizer que significo algo na sua vida.
Quando você fechar os olhos, quero que você enxerque o meu rosto. Quanto for dormir, quando você sonhar, quero que sonhe comigo.
Apesar de díficil, queria ler seus pensamentos, e queria poder enxergar-los, eu pertenço a eles? Você está sempre comigo.
Preciso saber que de mim, vc também precisa!

domingo, 7 de novembro de 2010

Vim para te encontrar, dizer que sinto muito..... Porém, você sabe o quão adorável é.
Tenho que te achar, dizer que preciso de você, dizer que te abandonei.
Conte-me seus segredos, faça-me suas perguntas.... vamos voltar para o começo.
Perseguindo a cauda, como se estivesse correndo em círculos, cabeças em um separado silêncio.
Ninguém me disse que seria fácil, ninguém jamais disse que seria tão difícil assim..... Me leve de volta para o começo..
Eu só estava pensando em números e figuras, rejeitando seus quebra-cabeças. Questão da ciência, ciência e progresso não falam tão alto quanto meu coração.
Diga-me que me ama, VOLTE e me assombre, quando eu corro pro começo...

Ninguém disse que seria fácil..........

sábado, 30 de outubro de 2010

durma, anjo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Já não há mais palavras por mim a serem ditas, você me conhece, sabe o que eu quero....
Eu só queria que você lesse a minha mente, e corresse pra mim, para me confortar.

Conte-me pra mim seus segredos, me diga o que você quer, eu preciso ouvir. Se realmente "está de olho" em mim, me diga o que acha dessa pequena "confissão", você saberá que é pra você mesmo, e se entenderá irá me responder algo... Bom, era isso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O tempo está passando muito mais rápido do que eu imaginava, e eu estou chegando a conclusão que me arrependo por não poder gastar tudo isso com você... Eu estou agora tentanto descobrir, porque eu tenho mantido tudo isso aqui dentro. Então, eu estou pronta pra dizer mais uma vez que você nunca estará sozinho, desde o momento em que eu percebi o que corre dentro de mim, sempre que você sentir-se que está caindo, eu não deixarei. Vou te segurar até a dor passar...
E agora, enquanto posso, tenho aguentado firme. Porque sempre acredito que não há nada que eu precise além de persistir, então se eu não fiz ainda, quero que você saiba...
Você tem que viver cada dia, como se fosse o único. E se o amanhã nunca vier? Não o deixe escapar, poderia ser o nosso único. Você sabe que isso apenas começou, a cada dia, como se fosse o único.
Andei muito para que nada mais valha a pena.. Mesmo olhando dentro de mim e achando tudo um erro, não há erro que não seja imperdoável quando não é intencional. Na verdade nada disso é intencional. Se possível, faria muito diferente. Ou para melhor, ou para pior. Hoje, é egoísmo da minha parte, dizer que o diferente é o desejado, uma vez que se fosse diferente, coisas incríveis que tudo isso já me proporcionou, seria modificado, mais uma vez, para melhor ou para pior. Cansei de ficar me questionando o porque disso tudo, há coisas na vida que acontecem sem explicações.
Memórias perfeitas, espero que não as perda, se espalham pelo meu chão, minhas paredes.
Eu me pergunto se eu já passei pela sua mente, pra mim, isso acontece o tempo todo. Estou completamente sozinha no mundo em que nós inventamos, e eu preciso de você exatamente agora. Acha que eu não conseguiria?
Você ainda vai me dizer se eu desisto fácil... e eu te darei a melhor resposta com fatos.
Meu olhar ainda é fixo na porta, esperando que você venha.

Sim, eu prefiro me magoar do que não sentir nada. Doce ilusão a de te esperar ...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não negarei que também sinto medo.
Pensei que em toda a minha vida eu nunca fosse conhecer alguém assim, teu jeito tão lindo, feito só pra mim

domingo, 24 de outubro de 2010

Então, ela declarou a ele. Ele pode sentir um "conforto desconfortável", queria ser esquecido, queria sumir, mas necessitava disso, necessitava que alguém estivesse por ele, que alguém precisasse dele. Afinal, todo carinho é bem vindo e não queria responder nada. Como costumava fazer, não sabia o que de "a" a "z" poderia conforta-la, não sabia se algo como um suspiro, um olhar, um toque era o desejado por ela, porém sabia que depois de tudo, era preciso uma resposta. Se continuasse da forma como agia, seria um momento vazio, ele também não queria permanecer quieto, e dessa vez, ela não colaborava, permanecia com uma expressão triste e quieta tanto quanto a que ele sempre permanecera. É difícil pra ele aceitar de que a pessoa de sua vida, que todos pessoas procuram, anos de suas vidas, estava ali diante. Ele era um menino de garra. Gostava de ir atrás de seus ideais, de seus objetivos. E foi tão fácil a encontrar, que aceitar tudo isso é que era o problema. De uma coisa estava certo, ao menos, independente do que acontecesse dali pra frente, ele encontrara alguém que iria lembrar durante o sempre da sua vida. Isso talvez fosse bom, porque através dela, consequentemente não deixaria o esquecer dos momentos em que viveu nesse tempo, de seus amigos, das coisas boas da vida. Pois ele sabia viver. Era privilegiado sim. Era um ser humano e tanto. Segundos passavam, mas já não se preocupava por não saber porque, apenas ficava com as palavras dela. Gozado como levava sempre tão a sério as coisas que ela dizia. "Ao menos isso" diria ela se lesse isso. Analizava mentalmente a frase dita, e conseguia ouvir perfeitamente como se ela realmente estivesse a repetir milhares de vezes o que havia declarado, a voz dela morava em seus pensamentos e mesmo inconscientemente estavam sempre juntos, ela por sempre o lembrar, e ele por andar com a voz dela dentro dele, mesmo que não quisesse, ela conseguia fazer com que sempre estivesse com ele. E mesmo que ele não quisesse assumir tudo isso, ela sabia o que era verdade... O medo dela, era de lhe perder, por isso tanta suposições. Todas as noites, o pedido dela para que com ele sonhasse era feito. Pensava em outros, mas não havia mais o que fazer, era ele e pronto. Estaria ali por ele, precisava dele. Ele sabia disso, e o amendrontava, o valor era dado, mas o medo dele, de que ela fosse excessiva demais em todos os aspectos existia. Ninguém é perfeito pra ninguém e ele sabia disso, mas por poder ser sempre ele mesmo estaria sendo perfeito, pois ela o aceitava dessa maneira, uma das poucas que aceitaria essa hípotese. Brincavam em descobrir desenhos em nuvens, dividiam sonhos, pesadelos e até as coisas mais fúteis. Viviam dividindo coisas simples da vida, viviam juntos, mesmo que poucos, momentos quer obviamente marcariam para os dois. E tudo isso foi os caminhando para isso, e uma hora ou outra ele iria ouvir dela. E mesmo por sempre esperar que ela falasse, era inesperado, e como sempre ela o surpreendeu. Seus olhos piscaram forte, e ele sentiu uma lágrima a escorrer. Era estranho nem ele mesmo o via chorar, e ela permanecia ali, e dessa vez não havia desviado olhar e permanecia também com a determinação nos olhos. Não sei como continuou na mesma maneira ao me ver chorar, pois ela era doce, e sempre era vencida por minhas manhas baratas, mesmo agora não estar fazendo manha pois também havia me surpreendido. Talvez tenha sido a melhor maneira de responde-la. Então, ela declarou a ele que o libertaria, e interiormente estaria o esperando.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Da mesma forma que o seu tempo corre com esperança de amenizar tudo, o meu corre, com o intuito de entrelaçar algo, ou reforçar todos os laços já feitos.
Não tenho hora pra voltar, vou com calma. Agora, um passo pra tras, pra mais pra frente poder dar dois adiante.

Ainda vou te convencer, que você também quer vir comigo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O tempo corre ao meu favor. Não importa o quanto ele seja generoso ou não. Vou fazer o possível, porque sei dos meus ideais. Não importa mais nada a partir de agora... Não mesmo.


Hoje, eu aposto minha vida, você não tem ideia do que eu sinto por dentro, não tenha medo de demonstrar isso, você nunca saberá, se deixar escondido...
Eu te amo, vc me ama... aceite esse presente, e não pergunte por que, porque se vc me deixar, eu levarei tudo o que te assunta dentro de vc, e se vc me perguntar porque estou com vc, e porque eu nunca vou te deixar, o amor vai te mostrar tudo...
Um dia, quando a juventude for só uma lembrança, eu sei que vc vai estar bem aqui do meu lado!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Certa vez ouvi alguém dizer pra mim, que quando amor é de verdade não tem, mas ao sentir com a razão um medo vem no coração.
Saber que tudo q é bom acaba um dia, saber também que a vida não é fantasia..

Vou fazer de conta que foi viajar, e pra fazer surpresa depois vai voltar, de vez enquando é boom mentir pro coração... Assim é bemmais fácil aceitar então

Eu só queria te abraçar, eu só queria te cuidar, depois recomeçar tudo denovo, ter mais um tempo, só mais um tempo pra aprender, e poder dizer enfim que eu te amo
Quanto tempo vou te ver, desviando seu olhar, caminhando contra o vento?
Quantas noites sem domir, quantos sonhos pra viver, e onde está seu sentimento?
Às vezes me pergunto se eu viverei sem ter você, se saberei te esquecer... passa um momento e eu já sei, você é o que eu quero ter, inesquecível para amar...
Mais que uma história pra viver, o tempo parece dizer, não, não me deixe mais, nunca me deixe. Quanto mais longe possa estar, é tudo o que eu quero pensar, não, não me deixe mais, porque eu te quero aqui, inesquecivel em mim.
Ouço sua voz, e a alegria dentro de mim faz moradia, vira tatuagem sob a pela, te levo sempre em meu olhar, não canso de te procurar, entre meus labios eu sinto a falta de vc, e assim profundamente meu, pra que pensar q existe adeus? nao, nao me deixe.. ´já nao preciso nem dizer o quanto eu me apaixonei
e vou dizer pq, se existe céu, vc sempre será inesquecivel para amar... oooooooooooooooooooooooooooooooooohhhhhhhhhhhhhhhh

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estava certa, e sem nenhum tipo de dúvida de que toda a sorte que eu já havia recebido, ou que já havia permanecido comigo, era sua agora. O céu, o vento frio, conspirava ao meu favor, um tipo de noite já descrita, estava acontecendo.
Há tempos não vivia um momento desses, o qual denominava como simples. O simples cheio de charmes que completa o presente dos mais sensíveis a esse toque.
Tive vontade de explodir, junto com o meu coração, que estava enfim tão alegre, como sempre quis estar. Tive vontade de permanecer ali pra sempre. Tive certeza de que vivo. Tive a certeza de vivo de verdade, mesmo com dores que amenizam a velocidade do meu caminhar, vivo intensamente cada passo dado. Cada passo que me leva a felicidade, cada passo que permite que eu esteja cada vez mais próxima da tal, permitindo-me o gosto da satisfação.
O silêncio do momento talvez tenha sido responsável por todos os entendimentos, todos os gestos, e todos os acontecimentos.
O céu brilhava, naquela noite, com um par te estrelas a mais, o que me fazia muito mais realizada.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vamos com calma... Relaxaremos. Sem pressas, apenas lembre-se que somos só eu e você - sei que também não quer perder isso, não vamos desistir agora? vamos?. Lembre-se como acostumavamos ser... Saiba que eu só te quero por perto, está certo? Fique comigo apenas mais uma noite, quem sabe eu possa te mostrar.
Dê-me como último pedido, me deixe te abraçar, não afaste seus ombros de mim, deite-se ao meu lado, e eu aceito que tudo isso não nos levará a nada, mas pela última vez, deite-se...
E logo depois, me diga como pode... como isso pode ser errado...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Vazio de um Mundo

Como agora, a noite era bela. As folhas da única árvore de minha rua brincavam entre si. Sei que posso parecer orgulhoso, mas realmente sou, por ter a única árvore de minha rua - a única árvore de meu bairro - à frente de minha casa. Devo ter muita sorte também, por ela estar de frente para a minha janela. Janela que em várias noites suportou o peso de meus pesados braços.
Estava bela e fria, grande noite. A meia luz do poste em frente refletiam agora as folhas, o vento fazia com que as parecessem dançar em uma intensa melodia. O movimento da árvore e o leve som do frio, me entorpeciam. Meus pensamentos moviam-se no mesmo ritmo, me deixando por alguns segundos confuso, sem saber no que exatamente pensar, fazer ou sonhar.
Recorri ao meu canto, que por muito tempo foi meu refúgio e hoje torna-se minha fonte. Fonte de inspiração, que é todo o ar que respiro. Sentado e olhando pela janela, toco o chão com a ponta de meus dedos apenas, para sentir o chão gelado; assim como fico a arranhar com minhas curtas unhas a escrevaninha, a procura de um som que combine com o uivo distante do vento e com o farfalhar das folhas. Tinta e papel.
Sobrou-me o resto de tudo, sobrei-me. Como poderia fazer a tinta tatuar minhas sobras? Sobras de nada. Era o que me acalmava por inteiro. Minha primeira e última saída. O papel refleteria a árvore, a meia luz do poste, meus pensamentos vazios, o som do frio, as minhas mão trêmulas. Comecei pelo olhar, não sabia em certo o que saíria após aquilo, porém meus olhos interiores, ou o par de olhos que me seguiam estavam ali como a fonte que transbordaria todas as outras expressões.
Decidi esperar, pois certa vez ouvi que o tempo nos ensina muitas coisas. Imaginei que toda a sobra de nada que resta em mim poderia completar se eu esperasse. Realmente acho que minha cama, meu armário e o quadro de um triste palhaço que pintei quando tinha 6 anos não se queixariam caso dedicasse essa noite ao meu canto... ao meu refúgio... à combinação harmônica entre cadeira, mesa, tinta, papel e uns três ou quatro livros que reinam ao meu lado. Parei de pensar. Deixei de admirar as estrelas e passei a encarar a folha - que também me encarava.
Os olhos desenhados, apesar de ter feição triste, traziam-me boas lembranças. Lembranças oca talvez de acontecimentos que nunca existiram, ou que sim, existiram apenas comigo, perante os meus pensamentos. Levantei-me, apaguei a luz do quarto, e apenas com as luzes da rua, que clariavam-me mal, permiti que minhas expressões fossem aleatórias, e desconhecidas dos meus próprios olhos, por isso havia proposto o escuro. Com cuidado, tentei explorar o resto do branco da folha, e inconscientemente era como se tudo aqui fosse um aviso a mim mesmo.
Essas coisas não se pensam, não são entendidas. São apenas sentidas. Sou um eterno explorador de sentidos, sensações e sentimentos. Agora o que mais preciso é achar um sentido para a voz que grita silenciosamente em meus ouvidos. Uma sensação diferente desse frio. Um sentimento novo, usado, emprestado, vermelho e azul.
Acabara de perder algumas horas da minha rotina, tentando descobrir o que realmente deveria estar no papel. Dobrei-o, ainda no escuro, e não me interessei para ver o que havia se formado. Coloquei-o embaixo da minha cama, por alguns segundos agradeci minha sorte e pela árvore que traria-me bons sonhos nessa noite, deitei-me...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sinto sua falta

Sabemos que o pedido de perdão, tem que ser sincero e de coração. Meu coração já está com você, os pedidos são apenas uma forma de me confortar. Para que eu possa me igualar talvez a sua posição confortante em todas essas circunstâncias.
Desculpe-me pelo meu jeito. Falo porque sinto. Sinto porque... se soubesse o motivo talvez consiguisse de alguma(qualquer uma) tirar isso de mim.
Desculpe-me, pois tento ler sua mente milhares de vezes... Você está tentando encontrar um lado diferente em tudo isso... te desculpo por isso. Você esconde o homem dentro de você, querendo realizar vontades de menino. O que você realmente quer, não vai esquecer... então, entregue-se a mim mais uma vez. Desculpe-me por não conseguir expressar o que eu sinto quando você me abraça forte... talvez eu pudesse se ainda me lembrasse. A lembrança está envelhecendo.
Tome fôlego. Pise firme. Faça o que o seu coração mandar.
Ás vezes eu gostaria de poder salvar-te, de ser como respostas para todas suas dúvidas, de ser como proteção para todos os seus medos. Não sei mais como demonstrar que eu posso. Com tantas promeças de ir, eu não irei partir sem conseguir, porque vai se eu ainda consiga te levar?
A vida é passageira, é ligeira... Eu sempre precisei ficar sozinha, não imaginaria que quando chorasse seria por precisar de você...
Desculpe-me.
Quando você se vai, eu conto os seus passos.
Você percebe o quanto eu preciso de você agora?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Noite Perfeita

Ao badalar do relógio me senti angustiada, minha vontade era de ficar mais, de poder senti-lo melhor, contemplar cada parte de sua linda face, acaricia-lá , ficaria dessa maneira noite a dentro. Horas se passaram, mas na realidade parecia segundos, eu sabia que meu tempo com ele estava se esgotando, era hora de nos despedirmos, mas porque se não era isso o que eu desejava, acredito que ele queria o mesmo, minha vontade era de abraça-lo a tal ponto de quase lhe fazer perder o fôlego, não, deveria perder o fôlego comigo. E nisso se passou 1 hora, mas dessa vez lentamente, podia sentir ao decorrer dos segundos a noite ficando mais fria e minha boca mais seca, com uma vontade louca de roubar um beijo, mas fiquei receosa, não sabia qual seria sua reação, esperei então ele roubar um beijo, foi o melhor da minha vida, senti meu corpo flutuando em direção as estrelas, que por sinal beijavam nossa pele, o que fez meu corpo todo estremecer. Seria um erro congelar esse momento ? Fazer com que ele durasse para sempre ? Congelando ou não eu lembraria dele, do seu beijo, da nossa conversa, lembraria das estrelas. Não sabia se era sonho ou realidade, como poderia dizer, ou ao menos pensar sem os pés no chão, não era possível, havia de ser verdade, não poderia ser um delírio por estar tanto apaixonada por aquele rapaz de corpo moreno, dos olhos escuros, dos cabelos aos ventos, não era possível. Resolvi então parar de beija-lo, com sacrifício consegui, abri meus olhos e vi a lua frente ao meus olhos, me olhando com um sorriso maldoso, eu sabia o que ela queria me mostrar, na verdade não era a lua, era o brilho do seu olhar, eu não estava sonhando, todos os meus sonhos e desejos foram realizados em uma unica noite, consegui um namorado, alguém que me amaria e pertenceria a mim, só a mim. Como estava feliz, meu coração pulava em minha boca desejando expressar um sentimento profundo e diferente, eu sabia o que era, até que criei coragem e disse : EU TE AMO !

http://retornoaosol.blogspot.com

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Desculpe-me pelo maneira, está escuro, não consigo enxergar direito.
Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, vejo-me sozinha. O vento, que já me refrescou, no momento causa-me o frio. Uma inquietação enorme faz-me estremecer os gestos mínimos. Tenho receio de endoidecer, não de loucura, mas de ver-te apenas na minha mente escura. O meu corpo é um grito silencioso. O meu coração bate como se falasse, bate como se gritasse. A agonia de eu mesma não poder o corresponde-lo, rasga-me desde entre os seios até minhas coxas arrepiadas, rasga-me como um punhal afiadíssimo. E enquanto tudo se passa em minha volta eu continuo da mesma maneira. A dor de algo que se foi continua aqui. Algo que não pertence a mim, está faltando no meu ser. Saudade do sol. Do nascer do sol, tudo que me sobrou acabou se revertendo à escuridão, todos os momentos de glória estão sendo apagados até apenas sobrar a escuridão, todos as estrelas apagam-se aleatoriamente do meu mundo. Sim. Saudades do céu estrelado! Do cruzeiro do sul, da minguante, da nova, da cheia. Não há nada que ilumine meu caminho, aliás, o caminho que está sendo perdido, que está desabando com todos os meus pertences na minha frente. Meus pertencem são olhos. Agora tudo que eu posso ver são os olhares que rodeavam minha vida. Ameaçadores, tristes, sedutores,... e o seu. O seu era o conjunto de todos. E por pequenos fragmentos de segundos clarearam tudo em minha volta. Sinto saudade do seu brilho. Que florescerem minha alma no momento que cruza o meu. O frio aumenta cada vez mais a cada palavra, a cada suspiro de desgosto, ou de vontade de levantar-me a procura de algo à me iluminar. Pois seus olhos me deixaram. Meu mundo me deixou. Largaram-me com meus sentimentos. Mal se importam com a minha dor. A ânsia da metamorfose me consome, quero transformar-me em algo melhor, em algo escolhido, talvez em algo comparável.
...
...
...
Acordarei disso logo, abrirei meus olhos e assim enxergarei além da escuridão ou além do meu mundo, enxergarei o seu, o dela, o deles, o nosso. Enxergarei um dia a realidade, sem maldade, sem ar de irônia, sem nenhum tipo de agonia. Quero poder esperar por isso, só não sei se consigo !

domingo, 26 de setembro de 2010

Está tudo como uma bola de neve. Pense, reflita.
Faz sentido!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Agora, tudo que podia enxergar era a escuridão. Talvez não fosse impossível descrever. Havia uma paisagem naquilo tudo, em toda aquela escuridão, era como se fosse possível ver acontecimentos da minha própria vida, e que pudessem ser controladas por mim. Apenas controladas, não havia como desfazer ou fazer algo, era.. digamos, como um filme, poderia pular capítulos, acelerar ou rever cada mínimo detalhe.
Me via agora em lugar plano, não reconheci em principio, mas estava julgando ter conhecido uma sorte. Ah sim, como pude esquecer, algum tempo atrás a sorte me visitou. E foi um momento feliz, rever isso. Foi partir desse momento, que minha vida começou ter sentido. Meu ideais mudaram, meus objetivos foram formados. Gozado como desse tempo pra cá, os mesmo são outros.
E mesmo vendo tudo, podendo sentir as sensações, a escuridão reinava, e fazia impossível de decifrar onde realmente eu estava.
Automaticamente me vi acompanhada. E em volta dele havia outras pessoas, como se quisessem tirar de mim. Havia algo em comum que nos permaneciam conectados, mas a cada momento de escuridão, como se fosse a cada piscar de olhos, me via mais distante. Porém, ao olhar pra trás via a face dele muito próximo a mim, o que trazia um conforto, e um calor interior. Até minhas mãos constantemente geladas, já suavam. Esse capítulo era muito confuso. Via perto e distante ao mesmo tempo, a pessoa que tinha uma conexão que me fazia bem, as pessoas tentando tira-lo de mim, e a cada militro a mais de distancia o "cordão" que nos ligava, estava mais próximo de se estourar, isso talvez causasse transtornos, para nós dois. Pus-me a chorar, a escuridão me sufocava, mas era o meu conforto, queria que essa cena, capítulo ou sei la como deveria chamar, passasse, queria apenas continuar como no inicio. Conectada. Na imensidão da escuridão, longe, muito longe, algo me chamava, talvez fosse uma luz, ouvia vozes também, que me incomodavam. Permaneci parada, mas era como se aquele brilho se movesse em minha direção... Estava proximo, agora permanecia na claridade, doía. Quando percebi q preferia a escuridão, ouço:
- 6hrs Carolina, vamos acorde.

Onde está você? Eu sinto muito
Não consigo dormir, não consigo sonhar esta noite
Eu preciso de alguém e sempre
Esta estranha doente escuridão
Vem rastejando e assombrando o tempo inteiro
E enquanto eu olhava ficamente eu contava
Teias de todas as aranhas.

domingo, 19 de setembro de 2010

Perguntas que ainda não consigo respondê-las, insiste em me procurar... a cada instante essa sensação aumenta dentro de mim.

Queria poder mudar, ou fazer algo pra te convencer, de algo que talvez nem eu queira de principio... ao menos te convencer a ficar perto de mim... talvez todas as palavras jogadas sejam inúteis perante o que eu queira que você entenda... chega dessa de confusão, seja honesto com você, faça o que te faz bem... eu estarei bem assim, te vendo feliz. Não há descrição a ser feita do que é estar perto de você, de quando você me olha, com toda inocência, e pricipalmente do que o seu sorriso causa em mim.

Gosto de seu jeito, do seus gostos, da sua forma de falar, de sorrir, eu gosto de você.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois, eu fico aqui sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois. Porque você me deixa tão solto ? Porque você não cola em mim ? Estou me sentindo muito sozinho, não sou nem quero ser o seu dono, é que um carinho às vezes cai bem. Eu tenho os meus desejos e planos, secretos, só abro pra você, mais ninguém.
Porque me esquece e some ? E se eu me interessar por alguém ? E se ela de repente me ganha ?
Quando a gente gosta é claro que a gente cuida, fala que me ama, só que é da boca pra fora ? Ou você me engana ou não está madura .. Onde está você agora ?

O Sétimo Dia



Primeiro verbo
Primeiro medo
Após a água
Primeira Lágrima

Segundo passo
Porta-retrato, retrata o riso
Segundo o tempo
Maravilhas ao vento

Terceiro sacramento
Beijos, fugas e desejos
Três estações se passaram
Desejos, fugas e beijos

Quarta superioridade
Passo ao futuro
Possibilidade infinita
Concretização do próprio mundo

Quinta realização
Momento da junção das almas
Realização interna de um segredo
Bem-vindo ao hereditário

Sexta cor do arco-íris
Vento frio e sem luar
Azul que me leva a escuridão
Fazendo o meu sol não retornar

Primeiro verbo
Primeiro medo
Após a água
Primeira lágrima

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Acomode-se. Fique em silêncio, feche os olhos. Lentamente, respire fundo. Talvez seja tudo que precise. Esqueças os problemas do mundo ao seu redor, esqueça dos seus próprios. Imagine-se no seu lugar preferido, ou e um lugar que gostaria de estar, de preferência sozinho, ou com a primeira pessoa que vier em sua cabeça.
O céu está limpo, ou melhor, estrelado, e uma lua cheia bonita e luminosa. Levemente, o som da sua música preferida começa a tocar, apenas para te confortar mais, seus pensamentos então começam a querer voar, mas voce insiste em fazer com que eles não te deixem, continuam ali, firmes com você, e por sua vez, anularam-se. Você consegue então decifrar cada sensação nova que experimenta, a brisa, o toque do seu corpo ao lugar onde está sentado, e se acompanhado, consegue sentir a presença da pessoa firme, forte perto de você. Isso te faz arrepiar. E te faz querer permanecer ali, cada segundo é honestamente valorizado por seu instinto.
Lembre-se agora, que foi apenas uma simulação. Você dificilmente estará agora acompanhado de quem deseja ou no seu lugar preferido. Infelizmente não é só um fechar de olhos que te põe diante da paz interior que é estar diante ao que deseja. Não seja fraco. Que isso de alguma forma te ajude a correr atrás de seus desejos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

- Saia do carro imediatamente ! - Gritava comigo como se de alguma forma me causasse algum tipo de medo. - Estou falando sério.
Eu e ela sabiamos que todo aquele escandalo, não adiantaria nada. Afinal, nem ela queria que eu saisse do "pequeno" Fox amarelo.
- Estou cansada. - Me preocupei pela primeira vez quando a vi chorar. Em todo esse tempo, era um ato que ela não acostumava fazer, vivia sempre sorrindo. E vê-la daquela forma, me agoniou.
- Você quer mesmo que eu saia? - Perguntei receioso, esperando um "não".
- Na verdade, sim. É o que eu sempre quero, mas você sempre arranja uma forma de permanecer perto de mim. Fazendo com que eu não consiga me afastar de você.
- Será que é porque eu gosto de você? - Além de tudo, fui sincero.
- Pode ser que sim, a maneira de que você diz gostar de mim, me cansa. Mas é íncrivel como a cada dia eu preciso ficar com você. A pior besteira foi essa... eu sempre deixar claro, que sou louca por você.
- Não te culpo por isso... é bom pra mim também, de uma certa forma.
- De uma certa forma... Você não sabe o que quer! Polpa de fazer o que tem vontade com medo das consequencias. Seu covarde! - Me deu um tapa no peito, certamente não era a intensão dela me machucar, tampouco o fez, porém doeu, não no sentido carnal.
Seu covarde! Ecoou dentro de mim, a voz doce pronunciando a verdade. Confesso que senti raiva, mas sabia que de uma certa forma, como acostumava dizer, era verdade e tudo que ela me dizia era pra me ver bem. Ao mesmo tempo que queria sair correndo do carro, mesmo sem rumo, não conseguia deixa-la partir sem mim, ela me atraía, eu "de uma certa foma" também necessitava dela.
Rapidamente, ela com as mão ainda sobre meu peito, segurei-a, como sempre, mãos geladas. Como era bom aquela sensação, a sensação da oposição, eu a aquecia, e ela me refrescava. Ao vê-la fechando os olhos, pude perceber a sensação de prazer que ela também sentia com o que eu havia proporcionado. O silêncio reinou. Talvez não fosse o certo, porém era o conveniente para tal momento. Percebi que poderia guia-la, sabia também como guia-la, e fazê-la feliz ali. Beijei-a. Da forma que gostava, da nossa forma. Sabia que se continuasse ali, aconteceria tudo novamente, após esse nosso beijo, teriamos incriveis momentos de prazer, ali mesmo como acostumavamos ter, no dia seguinte ela me buscaria em casa e sairiamos e a discussão passaria em branco. Era injusto com ela, não? Ela estava cansada. Pensei em algo do tipo "tudo bem amanhã eu peço pra gente conversar sobre a discussão'', mas em hípotese alguma no fato de ignorarmos as vontades biológias que começariam a surgir nos proximos minutos se continuassemos no ritmo. Continuei beijando-a... Depois lhe dei um abraço que dificilmente dava. E em segundos obedeci meu instinto, sai do carro. Correndo, sem direção nenhuma, mesmo com o coração apertado, não olhei para trás, tinha medo de ver a feição que ela moderia estar fazendo. Corri intensamente. Graças a todos os santos, estava perto da rua que dava diretamente na praia, corri, até a beira do mar, molhei meus pés, tentei ao máximo não pensar em nada... foi em vão, ela veio em meus pensamentos. Deitei-me e pensei que a primeira coisa que fizesse quando acordasse seria procura-la, e nada mudaria. Ao menos, mudamos a rotina.

sábado, 4 de setembro de 2010

A brisa que entra agora pela janela me lembra o quão fraca sou. O arrepiar da pele representa a falta do calor humano. E quando o calor humano precisa ser substituído por palavras? Há alguma coisa errada nisso tudo, ou na falta do calor, ou nas palavras. É como se faltasse algo que completaria esse momento. Um momento nem um tanto superfulo, onde talvez nem as palavras se encaixassem... Sinto tanta falta. Sinto tanta. Sinto,

O que encontramos?
Os mesmos velhos medos, queria que você estivesse aqui.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Chico Xavier, costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: “Isso Também Vai Passar”. Aí perguntaram para ele o porquê disso, e ele disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos ruins, mais cedo ou mais tarde eles iriam embora, que iriam passar, e que ele teria que passar por aquilo por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixasse tudo pra trás e não se deixasse levar, porque esses momentos também iriam passar, e momentos difíceis viriam de novo. E é exatamente disso que a vida é feita: De momentos! Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo. Nunca esquecendo do mais importante: Nada na vida é por acaso”. Por isso que eu falo, HÁ MOMENTOS QUE VALEM UMA VIDA. Tem dias que valem por um momento e há momentos que valem por toda VIDA!
Olhe em sua volta, nas coisas que você perde e ganha. Um minuto, um segundo é muito, e pra alguém que precisa, é muito valioso... É melhor lutar pelo que realmente quer, sem medo de errar ou cair. A queda ajuda amadurecer, o erro, a acertar. A vida é assim, uns felizes, outros nem tanto...

domingo, 29 de agosto de 2010

" Eu sinto falta desses olhos azuis
De como você me beijava de noite
Eu sinto falta de como a gente dormia

Como se não houvesse nascer do sol
Como o gosto do seu sorriso
Eu sinto falta de como a gente respirava

Mas eu nunca te disse
O que eu devia ter dito
Não, eu nunca te disse
Eu simplesmente segurei dentro de mim:

E agora
Eu sinto falta de tudo sobre vocÇe
Não acredito que eu ainda te quero
E depois de tudo o que a gente passou
Eu sinto falta de tudo sobre você
Sem você

Eu vejo seus olhos azuis
Todas as vezes que eu fecho os meus
Você deixa dificil de ver
À que lugar eu pertenço quando eu estou sem você?
É como se eu não estivesse comigo"
Talvez nada faça sentido apartir de agora... Talvez nenhuma das n palavras jogadas aqui façam o sentido perfeito para ser compreendido da maneira exatada da qual eu quero expressar. Por mais que eu tente ser objetiva e clara, todas as maneira da qual eu penso se misturam, se confundem, se colidem. Talvez, além de tudo, eu não tenha motivo pra isso, e todos os pensamentos não saiam daqui, não cheguem diretamente a alguém que possa me ajudar, ou entender qualquer vírgula.

O ser humano me surpeende a cada dia. A forma de cada índividuo é, absolutamente, único. E isso é o encantador da história. O estudado. O procurado. A moral. A individualidade de cada um, é absurdamente incrível. E mais incrível é quando acontece, o que ando testemunhando nos ultimos dias. Encontrar alguém, a qual a individualidade não seja necessariamente parecida com a sua, porém é dependente. É incrível, mas não de fácil compreensão. Há quem não consiga entender isso. Depender do cru de um ser humano, é algo relacionado com querer a presença, de como a individualidade, vulgo jeito da pessoa chama-te atenção. Uma atenção detalhosa, na qual qualquer movimentos das mão funcione como uma peça de um quebra-cabeça infinitamente grande. Há quem diz que isso é paixão, ainda mais quando esse “sentimento” é perante um sexo oposto. E há também quem diz que é amor. Primeiramente amar é algo genérico, é algo supercial nos dias de hoje, e a paixão, ahh a paixão. Já houve dias em que a mesma foi mais valorizada. E valores é algo que abrange milhares de ramos, cada individualidade tem seu valor e a maneira de valorizar as coisas. O bom é que tudo isso, todos vão aprender na vida... Não é possível que aconteça só comigo. É algo extremamente bom. Falo de verdade. É como a presença de alguém mudasse o espirito do ambiente. É como se indentificar em algo extremamente diferente e ao mesmo tempo igual, é algo cego. Cego pois é algo que te limita de enxergar coisas que definitivamente atrapalharão um bom relacionamento... O que talvez não seja o melhor. Mas é algo que a conexão proposta permite. O tempo pode ajudar, ou trazer se longe, perto, e se perto mais perto. Ou afastar defenitivamente... O tempo é cruel, além de tudo. Mas não é o acaso, nada. Tudo gira em volta da individualidade de cada um, e cada um atrai motivadamente o que tiver que acontecer. Bom, não é assim, lendo, meu querido “Sr. Ninguém”, que você entenderá o que realmente eu quis dizer... Se ainda não, ainda vai conhecer um individuo que conquiste-o internamente, individualmente, e a presença desse ser, valha tanto quanto a sua própria. Talvez até eu entendar melhor isso, quando estiver novamente diante o ser humano.

domingo, 22 de agosto de 2010

Não havia nada à fazer. Era uma dor insuportável. Antes, não podia imaginar que existia algo relacionado a isso. Podia sentir o sangue percorrendo em suas veias, e a cada instante o que mais queria, era que algo menos doloroso o fizesse parar. Não pensava em outra saída ao não ser algo fatal. Ao mesmo tempo que sentia-se frio, oco, fraco, sentia-se tão superficial. A dor do momento era algo relacionado com a superficialidade. Algo que não desejava à ninguém, e não entendia porque o escolhido para aquele momento, era ele. A vida lhe parecia tão cruel, quanto mais vivia, a certeza disso era confirmada.
Menino que diferenciava-se dos outros na sua adolescência, estudioso e íntegro, gostava das coisas certas, porém não interessava-se por assuntos alheios, não se interessava pela moda, pela mídia, ou pelo o que outras pessoa pensariam do seu jeito de ser, no entando, acabava sofrendo alguns tipo de preconceito pela sociedade, e isso fazia com que focasse ainda mais no seu jeito, no que gostava de fazer, em estudar, para que pudesser ser algo diferente dos seus "colegas" de classe. Vivia para si próprio, e para ser orgulho dos pais, os quais eram muito ligados, e para diretamente defender sua irmã, a qual era melhor amiga, e muito confidênte.
Ele mesmo estranhava sua reação. Continuava a dor interna. A cada instante era uma surpresa para ele mesmo sentir-se assim. Sentia-se até confuso, por dessa vez não ter escolhas, e por ter perdido tanto tempo nelas.
Costumava correr. Por saúde também, mas além disso era uma maneira de liberdade. Correndo, libertava-se da monstruosa sociedade que o cercava, corria interiormente sem rumo, mesmo fazendo sempre o mesmo caminho e chegando na frente da casa dela sempre às oito, afinal, nunca a via sozinha na escola, sempre rodiadas de meninos que ficavam enfentiçados tanto como ele, nos olhos, nos cabelos, no corpo daquela linda moça, e todos os dias aproximadamente às oito, ela chegava do curso. Ao menos se ela soubesse desse esforço dele... Do interesse dele. Era díficil pra ele admitir gostar de algo em que a "sociedade" também gostava, e Patricia era paparicadamente adorada. Um moça bonita, baixa, cabelos pretos e compridos, dificilmente não chamaria atenção.
Um dia desses então Patricia piscou para ele no intervalo da escola, abobado não sabia nem o que fazer, ou se qualquer tipo de respostas ou movimento que fizesse seria o suficiente como resposta para aquele valioso piscar que acabara de receber. Olhou-se interiormente, no que em si proprio poderia chamar atenção na menina dos sonhos, dele e de todos os meninos que conhecia. Em questão de dias, aproximadamente uma semana, ele e Patricia saíram pela primeira vez. Nem ele mesmo é capaz de dizer de onde tirou essa tal coragem para isso. Pois bem, seu envolvimento com a mesma, foi incrível. Ela o fazia sentir bem. Sentir-se como um homem, talvez comparavelmente com o seu pai. Na escola então passou a ser respeitado. Sentia-se bem. Mas havia algum tipo de incomodo no pobre, sabia que estar ali, na posição que se encontrava perante todos, não era o que exatamente procurava, mas tinha Patricia. Gostava mesmo da menina, e indiretamente sentia-se que o sentimento era recíproco, não a pedia em namoro por dois motivos: não se sentia preparado para isso, e Patria era tão... combiçada por todos. Então, os dois se encontravam algumas vezes fora da escola. Namoravam no sentido de relações carnais. E se davam muito bem nesse aspecto. Um sempre satisfazia a vontade do outro. Horas voavam, deixavam a conversa de lado muitas vezes. E quando optavam pela conversa, sentiam a necissade do silêncio e voltavam a “namorar”. E o homem que existia nele sentia-se cada vez mais presente. “Patricia” foi um período de sua vida, que de uma forma tornou-se inesquecível, porém não completa. Os encontros “homem e mulher” que tinha com a menina, parecia o sufiente em uma relação, não precisava de mais nada, mesmo sentindo falta de algo. Até então, não havia motivo de reclamar da crueldade da vida, tinha tudo que gostaria de ter. Tinha tudo, porque ainda não conhecia o que um dia lhe proporcionaria tanta dor por não ter. Sua visão pela relação que mantinha com a Patricia, mudou algumas semanas depois que recebeu um bilhete: “ Sei que nunca fui notada, e essa foi a única maneira de mostrar meu interesse. Há tempos venho pensando em você...”. Ele realmente não sabia o que pensar primeiramente, pois em relação ao “nunca fui notada” o remendente estava certo. Não havia como ele mudar sua rotina por um simples bilhete, continuou frequentando os mesmo lugares, corria, Patrícia. Porém sempre lembrava que estava sendo observado por alguém... Pobre alguém, talvez esse alguém sentisse como ele, em relação quando corria para ver Patrícia. Além de tudo, continuava um menino que gostava das coisas certas, e não conseguia achar certo magoar algúem. Na escola então, começou a procurar olhares, primeiramente as meninas próximas, depois a distantes. Nada diferente. Nenhuma outra pista. Nem imaginava como isso teria aparecido em suas coisas. E mal sabia ele que estava tão próximo do que procurava.
A crueldade apareceu nítidamente pela primeira vez quando perdeu seu pai. Doía como agora. Doía mais ver o estado que isso havia deixado sua mãe, e sua irmã. Foi quando chorou pela primeira vez, públicamente. Marina, sua irmã, precisava dele mais do que nunca. Ele estava disposto a estar ali. Resolveram que nas próximas férias iriam viajar. Um programa muito adorado pela família, porém pouco feito. O ultimo mês antes das férias, esfriou um pouco a relação com Patricia. Talvez porque agora precisasse principalmente de um abraço, uma palavra, do que simplesmente beijos que tirassem o fôlego. Estavam prestes a viajar, iria para uma fazenda de um tio próximo, e ficariam aproximadamente uma semana. Marina não quis ir sozinha, levou com ela duas amigas, Ana e Betina. Betina era calada, mas aparentava se dava muito bem com sua irmã, a conhecia há anos e poderia ser divertido viajar com ela. Ana, não tinha muito o que dizer sobre, não há conhecia direito, apenas havia percebido que nos ultimos tempos ela estava frequentemente em sua casa, pela Marina, mas não poderia defini-la em algumas palavras, e nem falar sobre a relação da menina com sua irmã. Ele resolveu ir sozinho. Sentia saudades do menino estudioso e integro que poucos gostavam, e talvez nessa semana pudesse recupera-lo.
Os primeiros dias foram parados e cheios de lembranças ruins, afinal a ultima vez que estivera ali, ainda havia a presença do pai. Pelo quarto dia, as meninas e a mãe do menino foram para cidade próxima, não pretendiam demorar, porém ele preferiu ficar. Ana havia machucado a perna em um lago próximo a casa e preferiu ficar em repouso também. Nada aconteceria, segundo os pensamentos dele. Ana era apenas uma amiga da irmã, que passaria a ser irmã também se continuasse a frenquentar a casa. As horas passaram, ele não sabia o que a menina estava fazendo, ele estava na sala de tv vendo um filme, e justo no momento em que pensou nela, ela apareceu meio mancando na sala, e pediu para entrar. Ele como não era campião em relação de como ligar com meninas, ficou sem jeito, mas não contrariou. A menina entrou, e aos poucos começaram a conversar: filmes, músicas, aspectos geográficos e relação afetiva por algúem, o que perderam (ou ganharam) mais tempo discutindo sobre. Ele falava, falava, e sentia-se totalmente a vontade como se a conhecesse há anos, como se ela tivesse o direito de souber de tudo que ele pensava, e assim acontecia com ela também, ele nunca sentira tanta vontade de saber os pensamentos de alguém, como sentia agora. Os dois devoravam-se, com perguntas, discussões construtivas, e risadas. Nem viram quando chegaram da cidade, continuaram ali, e por educação ninguém interromperam-os. A noite estava divertidissima, segundo ele. Mas como também não era bobo percebeu que apartir de um certo momento, Ana ficara nervosa. Alguns minutos depois, ela disse que precisava contar algo pra ele. Ele no intusiamos que encontrava-se, não imaginaria nada do que poderia ser. Foi quando ela assumiu que o bilhete, que ele não fazia ideia de quem era, havia sido dela. Houve um estalo dentro dele. Um simples fato o deixou atordoado. Uma pessoa que ele conhecera praticamente agora, já havia o percebido antes. Uma fração de segundo trouxe junto um pensamento: Patrícia. Gostava tanto dela. Gostava tanto da Ana que acabara de conhecer. Sentia-se dividido, aliás não sentia nada. Apenas parou para observar aquele individuo que olhava fixamente para ele, nervosa e tremulas. Nunca mesmo havia notado-a. Era uma menina bonita, porém nunca imagirava com ela, diferente de Patrícia que atrai o interesse de qualquer homem. Perguntou para Ana, qual era a intenção dela por ele, ou pela a situação que o encontravam. Ana sem jeito, disse que apenas queria a companhia dele, que o mais importante seria isso, queria poder dividir pensamentos, com ele, e que se tudo isso positivamente fluissem, porque não uma relação afetiva e carnal? Ficou mais confuso. Ficou confuso porque nunca havia conversado com outra menina, do modo em que em uma noite conversou com a Ana, e não queria deixar isso morrer. Isso porque ele nem imaginaria o quanto doiria. E sentia-se bem na presença dela, sentia-se mais que um homem, sentia-se um ser humano completo.
O até o fim da viagem, eles aproveitaram muito, além de se conhecerem muito também. Mas em momentos vagos lembrava-se de Patrícia, e logo em seguida lembrava-se de Ana. Era dificil pra ele escolher entre uma, era dificil não magoar nenhuma das duas, sem se magoar, não queria isso. Não queria ser injusto também, então o certo era a Patrícia. Mas ao mesmo tempo, tinha um instindo nele que tinha necessidade da presença de Ana, queria te-la perto.
Encontrou-se outras vezes com Ana, e com Patrícia. Com Ana, ainda não havia concretizado nenhum tipo de relação fisica, já com Patrícia... Mas ele queria, sabia que tudo que precisava teria ao momento em que beijasse Ana, ou experimentasse, apenas para ver como seria um beijo de tirar o fôlego com outra. Pensava que com todas seriam assim, afinal não conhecia outras maneiras, apenas a de Patrícia. Uma vez, então, tomou coragem e quando estava sozinho com Ana, roubou um beijo, saberia que seria correspondido, mas não daquela forma, Ana era diferente de Patrícia. Ana era doce, leve, suave. Mas isso não desmerecia Patrícia, e isso complicava cada vez mais a situação. Isso deixava a vida dele, cada vez mais cruel. Antes crueldade e problema fosse uma escolha dessas... Antes tivesse escolhido certo.
Passaram-se anos, e agora encontrava-se ali. Com uma dor que não sabia da onte vinha. Queria mais que tudo ter a resposta certa. Mas esperava a dor passar, como esperou não perder Patrícia. Como esperou que Ana convecesse que ela deveria ser a escolhida. Esperar pra que? Agora pensava... Talvez o destino tivesse perguntado-lhe várias vezes antes, e um certo egoísmo o impedia de responder, de libertar. Ficava parado em um horizonte com dois caminhos a sua frente, era só escolher um... O outro certamente abreria-se para outro, o que tem relação com sorte. Sorte significa oportunidade, o que pode ser uma escolha errada pra alguém, pra outro pode ser o caminho para a sorte.
Sentia-se mal com tantos feedbacks que acabara de ter, o que parecia fazer com que a dor aumentasse ainda mais. Patricia havia se mudado e certamente, estaria namorando, ou até mesmo casada. Mas Ana durante todos os anos, frequentou a casa de Marina, e o contado indireto dos dois continuou. E ver Ana, ali, deitada, sem respirar mais, trazia uma angústia, uma dor que jamais havia conhecido. Ana havia morrido. Havia levado com ela todo o amor dele. Todos os segredos, e todas as conclusões que chegaram juntos. Isso o matava, refletindo em uma dor latejante superficial. Ana também levava com ela, todos os momentos que deixaram de viver, as palavras que não foram ditas, e os beijos que ele não conhecia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eu tenho um segredo, cá dentro do peito, que noite passada quase que sem jeito, ia revelar...
Foi quando um amor diferente tava nos meus braços, olhei pro espaço e vi lá no céu uma estrela cadente se mudar, mas eu lembrei das palavras doces que um dia eu falei pra alguém, que tanto me "amou", me beijou como ninguém, que flutuou nos meus braços, que mudou meus planos, que nossos segredos confidenciamos sem hesitar.. laia laia, laia laia, laia laia la

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A casa fria, a ventania refletia nas cortinas, e era possivel ouvir ruídos, que pareciam de desgosto, mas não passava de ventania. Sentia-me até estranha por estar ali sozinha, e ainda não sentir algo que eu pudesse apelidar de medo. Ao mesmo tempo que parecia assustador, era tranquilo e o frio, fazia-me sentir bem. Sentir arrepiar, algo que há longo tempo não sentia... É um encomodo bom. Prazeroso talvez. E ali não faltava isso, segundos então se multiplicavam virando intensas horas, inacabaveis. Já havia pegado no sono algumas vezes e ainda permanecia ali, ninguém que havia prometido, voltara. Acordara agora na escuridão total, não sabia porque não havia deixado as luzes acesas, porém não faria lógica, pois no ultimo momento acordada que me lembro, o crepúsculo ainda reinava, e mesmo sombrio, não havia necessidades de luzes. Sou da escuridão. Normalmente procuro pela tal. Tudo bem, não em uma casa onde não conhecia e estava totalmente sozinha. Nem me lembrava mais onde poderia acender as luzes, com receio nem me mexi direito... E o medo que eu orgulhosamente proclamava não ter, aproximava-se.
Abri meus olhos. Obviamente, havia perdido mais uns minutos, "apenas descansando os olhos", famoso termo que usava para quando não queria admitir o sono. O frio já me lembrava quão cruel é, e que é mais que um encomodo bom. Encomodo me lembrava de que não poderia permanecer ali, precisava fazer algo. Mas havia prometido que esperaria ali, e que quando voltasse estaria tudo nos conformes, sem nada fora do lugar. Apesar que mesmo se eu revirasse a pequena casa inteira, não faria diferença, pra ele era tão nova quanto pra mim, ele também não a conhecia.
As cortinas ainda balançavam, com menos vigor, porém marcavam presença. O vento de noite era mais frio, porém colaborava mais com a minha sensibilidade auditiva e já não "ruivava" mais, logo, visitava os lugares com menos velocidade. [...]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ela podia acreditar nas palavras dele. Mas sentia que era preciso talvez um estímulo maior. Frações de segundos passaram, Gabriel mantia-se quieto, e sério, como costumava ser. Clara, agora, tinha uma resposta. Não há como em seis dias conhecer alguém perfeitamente. Perfeitamente é algo complexo, é algo muito grande que ao mesmo tempo abrange pequenos detalhes, mínimos e muitos detalhes eu diria. E se o que conhecera dele, fosse suficiente naturalmente estaria mais calma, por conseguir entender o que no fundo, e o que de verdade, Gabriel queria dizer. Mesmo com um silêncio que talvez indicasse o que a menina mais temia. Ela apenas queria que Gabriel entendesse que o estar ali dele, valia pra ela algo talvez, algo que não consegueria explicar. E ela não tinha nem forças para se desculpar. Desculpar por ter se envolvido demais, e necessitar o contato. Gabriel se aproximou, e lentamente, ambos deitaram, em vista de um céu que agora já indicariam aproximadamente às nove. Sem saber o que havia por vir, Clara de uma certa forma, no fundo sentia-se bem, afinal, o calor humano que podia sentir era o dele. Talvez tudo que Clara quisesse ouvir, fosse frases como "não se preocupe" ou algo relacionado que a tirasse desse mar de aflição que vinha passando por esperar um fim, mas foi o poder das palavras que o trouxera para perto, e talvez o mesmo pudesse o levar. Permaneceu quieta então. Para que pudesse polpar de conversar sobre o que talvez não agradia nenhum dos dois, ou ele em principal. A brisa aumentara, muito, conforme os minutos passavam, e o silêncio não havia sido destruído. Era de esperar de Gabriel, ao menos. Mas Clara não. Clara sempre com apelido de tagarela na escola, falar era seu ponto de desabafo, falar o que pensa e o que não gosta, inclusive era essa a relação que havia construído com Gabriel. Ele sempre soube muito o que Clara pensava, e ele sempre com o tom do Mistério. Os pensamentos de Clara talvez não fossem os mesmo do garoto. O dela, passava pelos momentos passados, pelas coisas que ouviu, e pelas sensações estranhas que conheceu após ter a honra de conhece-lo. O dele... Certamente estava longe. Talvez tão longe de tudo. Longe dali. Ambos desfrutavam agora, um céu magnifico, um tapete estrelado, e uma lua que refletia bem no meio do lago, iluminando-os. Clara suspirou para chamar de alguma maneira atenção. Teve como resposta um olhar. Que refletia todos os seus próprios pensamentos. Um olhar que a entorpeceu, que consegueria tudo ao seu favor, que dominava-a. E preferiria mil vezes esta vista, do que o imenso mar de estrelas que parecia morto no momento para chamar atenção da menina como quanto a resposta que teve. Era um olhar que já intimidara antes, mas agora era algo necessário talvez... Ou algo que queria loucamente. Passou a pequena mão em seu rosto quente, na região da barba à fazer. Ela gloriosamente conseguiu então, pensar no momento e esquecer coisas que haviam se concretizados ou algo que poderia estar por vir. No céu brilhou uma estrelha cadente. E se pedidos se realizassem aquela noite não teria fim.
- Acorda... ! - Atordoada, Clara estava diante de um dos momentos mais... sem explicações de sua vida.
Gabriel, olhava pra ela, sorrindo. E como plano de fundo, havia um nascer do sol.
Sentia que seus olhos brilhavam, por estar ali, diante disso. Mas ao mesmo tempo, sentia-se estranha, pois agora já não tocava mais em Gabriel... E não conseguia enteder se tudo não havia passado de um sonho, ou se tudo era real.

domingo, 8 de agosto de 2010

O sol se pôs, outro dia se foi sem você, meu coração continua chamando e eu apenar não sei o que fazer... Quando você está perto de mim, eu pareço esquecer meus dias sós, é mais que um sentimento é algo que não pode ser explicado..
Desejo que eu estivesse ai, desejo estar ai, quando você não está aqui....
Você estava caindo, agora estou vindo de novo a sua volta. Eu estava chamando, porque sem você é o fim...
Eu apenas quero te ver um pouco mais, eu apenas quero sonhar com você um pouco mais, eu apenas quero te ver um pouco mais, eu apenas quero estar com você um pouco mais...
E você me faz sentir bem. Nao vai me levar, quando não estiver aqui?

Esteve chovendo aqui, e eu apenas quero que você esteja por perto.

sábado, 7 de agosto de 2010

Vontades. Ambiguidades. Determinismo. Desprezo. Odio. Frieza. Calor humano. Pseudos amigos. Conquistas. Lembranças. Segredos. Pensamentos. Desabafo. Sufoco. Estresse. Vantagens. Beleza. Interior. Inferioridade. Máximo. Mãos. Escolhas. Dúvidas. Indecisões. Sons. Sol. Praia. Mar. Azul. Céu. Estrela. Lua. Violão. Sintonia. Fluir. Flexibilidade. Sorriso. Intimidação. Conforto. Pressão. Risco. Tentar. Buscar. Errar. Querer. Tentar. Voltar. Esquecer. Pensar. Tentar...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A vida é feita de sensações.
Vivemos a procura de momentos satisfatórios que nos tragam sensações de prazer, ou de orgulho proprio, para poder lembrar sempre de tal momento com alegria. Ou apenas para lembrar. Acabo de passar por um desses momentos... Um mês de julho. Um simples mês de julho. 30 dias. Aproximadamente 720 horas. Foi, como um flash. Me trouxe sensações únicas, como por exemplo esperar diante uma vara um pequeno peixe sugar a minha isca. Me trouxe a experiencia de querer conhecer um individuo primeiro interiormente, pois vale muito mais do que um par de olhos azuis. Sensações como o toque, toque de mão, toque de amigo, toque de carinho. Ah, o carinho. Um "julho" carinhoso por sinal, o reconhecimento de amigos que se importa com você, carinho de verdade, como não sentia há anos. Carinho afetivo, carinho oposto, de desejo, de vontade. Talvez passageiros, talvez duradouros... Além de tudo ainda somos obrigados a viver com a indecisão, com a espera, com a vontade alheia... Esperar pra quê? Vale mesmo? O fato de apenas roubar meu tempo para pensar sobre, acaba me dizendo que tem algo que vale, nem que seja para aprender, para compartilhar ou ser esquecido (mais uma vez). Estou a espera então, de sensações inovadoras, de momentos simples, de um simples essencial.
E agora já sinto uma sensação nova, indescritivel talvez. E se de sensações se faz a vida, acho que estou vivendo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

(..) Clara rapidamente olhou para baixo, talvez não quisesse ouvir a resposta de Gabriel, queria apenas permanecer ali. (...)

domingo, 25 de julho de 2010

Hoje eu preciso te econtrar de qualquer jeito, nem que seja para te levar pra casa depois de um dia normal, olhar teus olhos de promeças faceis e te beijar a boca de um jeito que te faça rir..
Hoje eu preciso te abraçar, sentir seu cheiro de roupa limpa, pra esquecer dos meus anseios e dormir em paz.
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra sua, qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria, em estar vivo...
Hoje eu preciso tomar um café ouvindo voce suspirar e dizendo que eu sou o causador da sua insonia que eu faço tudo errado sempre, sempre.
Hoje eu preciso de voce com qualquer humor, com qualquer sorriso, hoje só sua presença vai me deixar feliz, só hoje...
Essa não é mais uma carta de amor, são pensamentos soltos traduzidos em palavras, pra que você possa entender, o que eu também não entendo... Amar não é ter que ter sempre certeza; é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém; é poder ser você mesmo e não precisar fingir; é tentar esquecer e não conseguir fugir...
Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado, mas quando eu penso em alguém, é por voce que eu fecho os olhos. Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso ser até eu mesmo que você vai entender, posso brincar de descobrir desenhos em nunvens, posso contar meus pesadelos e até minhas coisas futeis, posso tirar a sua roupa, posso fazer o que eu quiser, posso perder o juizo, mas como você eu to tranquila..
AGORA O QUE VAMOS FAZER? eu também não sei..

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pensamentos e vontades tomam contam de mim. O tempo talvez mais uma vez resolva, ou cure tudo isso. Uma sensação estranha toma conta de mim. Sensação de alivio. Um alivio perturbador, e que marcou.
Todas as vezes que eu fecho meus olhos, vejo o seu nome. Seu rosto. E você.
Meu amigo, meu caro amigo... Sinta-se a vontade. Talvez.
"Em algum lugar além do arco-íris
Bem lá no alto
E os sonhos
Que você sonhou
Se tornaram uma canção de ninar

Em algum lugar além do arco-íris
Os pássaros azuis voam
E os sonhos
Que você sonhou
Se tornam realidade

Algum dia
Eu queria que uma estrela
Atendesse meu pedido
Me levando para o além das nuvens
Deixando tudo para trás
Onde os problemas derretem
Como balas de limão
No topo das chaminés
É onde você vai me encontrar

Algum dia
Eu queria que uma estrela
Atendesse meu pedido
Me levando para o além das nuvens
Deixando tudo para trás
Onde os problemas derretem
Como balas de limão
No topo das chaminés
É onde você vai me encontrar

Em algum lugar além do arco-íris
Os pássaros azuis voam
E os sonhos
Que você ousou
Oh, porque, oh porque eu não posso?

Bem, eu vejo
O verde das árvores
E rosas vermelhas também
Eu verei elas florescerem
Para nós
E eu penso comigo
Que mundo maravilhoso!

Bem, eu vejo
Céu azul
E nuvens brancas
O brilho do dia
Eu gosto do escuro
E penso comigo
Que mundo maravilhoso!

As cores do arco-íris
Tão lindas no céu
Estão também nos rostos
Das pessoas caminhando
Eu vejo amigos de mãos dadas
Dizendo: como você vai?
Eles realmente dizem
Eu amo você

Eu ouço bebês chorando
Eu vejo eles crescendo
Eles aprenderão mais
Do que realmente sabem
E eu penso comigo
Que mundo maravilhoso!

Algum dia
Eu queria que uma estrela
Atendesse meu pedido
Me levando para o além das nuvens
Deixando tudo para trás
Onde os problemas derretem
Como balas de limão
No topo das chaminés
É onde você vai me encontrar

Em algum lugar além do arco-íris
Bem lá em cima,
E os sonhos
Que você ousou
Oh, porque, oh porque eu não posso?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Falar... Que bom quando é pra ti... Sonhar... Faz a vida mais feliz.
E as estrelas que não posso tocar, estão tão perto, estão no teu olhar.
Cantar... Que bom quando é pra ti, ver teu sorriso também me faz sorrir.
Ó estrela não deixe de brilhar, mesmo que tão longe sei que ela está lá...
Mesmo que eu não te veja, posso sentir quando pensa em mim, é como não ver o sol mas ter certeza de que esta lá. Transformando a noite em dia, tristezas em alegrias, e aquilo que era vazio, foi embora pra não voltar mais.
Queria saber voar, pra lá do alto poder ver você, te ver sorrir, te ver sonhar, coisas lindas quero te dizer, se um anjo eu encontrar eu vou pedir pra ele te proteger, ó estrela que me faz enxergar que a vida é linda de viver.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Só perde quem não corre atrás, quem não joga o jogo por ter medo de errar... Deixo o sol guiar o meu olhar! E assim eu vou, procurando os meus sonhos... Descobrindo quem realmente eu sou! Em meu caminho eu vou sem medo de chegar. Só vou olhar pra tras... pra ver o nascer do sol.

sábado, 17 de julho de 2010

"Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar para não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci o meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar"

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O sol acabara de partir. Não sabia como identificar aquela sensação, o começo da noite podia significar muitas coisas. Agora já eram sete e "quarenta-i-cinco". Isso significa que faziam quarenta e cinco minutos que estava ali, onde a brisa começara a arder o frio em sua pele, isso significa que havia chego quarenta e cinco minutos adiantada por sinal. Insistia em dizer que era para não perder a bela vista que fazia todas as tardes naquele píer que ficava em um pequeno lago há uma boa distancia do alojamento, mas qualquer um que a conhecia bem certamente concordaria comigo ao dizer que sempre chegava mais cedo por ansiedade de vê-lo. Sentou-se ali mesmo, um pouco mais no centro para não perder o equilíbrio, pois além de tudo, aquele pequeno píer não era muito confiável. Ao ver que o relógio aproximava-se das oito, seu coração começara a cavalgar, o que refletia em todo aquele frágil corpo branquelo, fazendo com que suas mãos começassem a suar, e seus pés adormecer. Era sinônimo do nervosismo talvez, ou que Gabriel estava chegando. Sempre os mesmos sintomas, sempre. Sempre. Nesse caso o sempre equivalia uma porção de seis dias. Há seis dias Clara o encontrava. Há seis dias era digna de dizer que conhecia um sentimento, talvez, que nunca havia conhecido ou até mesmo experimentado antes. E hoje o pra sempre da pobre acabaria ali. Seria o ultimo dia, pois Gabriel voltaria para sua cidade natal, e Clara ficaria por mais quatro dias, que seriam obviamente os mais frios e vazios de sua vida, e logo acabaria para ela também as férias de inverno. Pensar nisso no momento, que estava próximo ao fim, e ao sentir passos em sua direção, sentiu também uma consequencia escorrendo em seu rosto, Gabriel se aproximava, então enxugou rapidamente a lágrima, para que ele não visse. Seria triste o bastante que ele a visse chorar logo no começo. Afinal, talvez esse sentimento desconhecido partisse apenas dela, mesmo parecendo ser recíproco, era quase impossível de saber. Há como em seis dias conhecer uma pessoa perfeitamente?
Clara não se virou para olhar nos olhos de Gabriel, permaneceu estável agora podendo observar as estrelas que já brilhavam e refletiam no lago em sua volta. Gabriel fez o mesmo. Sentou ao seu lado, e começou a observar. Agora talvez até o píer balançasse mais com a aceleração do coração de Clara, era uma sensação de desespero talvez, por querer ter Gabriel pra sempre, um sempre que equivalesse bem mais de seis dias, um pra sempre que equivalesse talvez todos os dias que restassem para ainda ser vividos pela menina, mas em instantes acabaria, não saberia quando, aonde e nem como seus olhos brilhariam novamente ao ver Gabriel.
Clara abaixou a cabeça quando perceber que estava sendo observadas por aqueles olhos azuis que tanto a intimidava. Os minutos que passavam pareciam estar a favor da menina, passavam como um lentidão, o tempo nunca demorava tanto pra passar como quando estava com ele, cada segundo valia os anos passados em sua vida, foi quando Gabriel estendeu uma enorme mão em direção da mão da menina, que engraçadamente era bem menor, Clara então tomou coragem e olhou para ele, engoliu a seco, fixou então seus olhos no dele, aproximadamente três segundos se passaram, Gabriel estava assustado agora com a reação de Clara, que o abraçava loucamente, e chorava comparavelmente com uma criança. Daria uma bela cena de filme de drama. Era triste, era agonizante ver a menina que tanto chorava, podia-se ver que Gabriel estava com um nó na garganta, mas mantia-se calado, devolvendo um abraço aconchegante para a menina.
- Por favor... diga que você vai ficar! - Sussurrou tudo de uma vez, com o único fôlego que conseguiu resgatar.
- Querida, entenda... eu tenho uma vida fora daqui, você também.. - Era dificil também para Gabriel, contrariar algo que não queria.
- Porque eu sempre sou segunda opção de todo mundo? - Agora parece estar mais calma, passava as proprias mãos em seu rosto, controlando-se.
...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.
O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu.
Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.
Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês, não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
"- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo."
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.
Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo.
Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal,
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Droga de embalagem.
Meus pés já começaram a doer, mas tudo aquilo era realmente preciso? Talvez fosse, a incerteza da certeza. As dores nos pés é sinônimo de caminhada longa, uma certeza.
Caminhada longa e dura, apenas assim, o individuo consegue argumentar seus ideais, e transmitir o que realmente sente, o que realmente é, além de uma droga de embalagem, e sem ao menos pronunciar uma palavra, a caminha pelo caminho escolhido, pela luz que o mesmo segue.