quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Fique em silêncio... Parece que ouço passos". "Fique calma, não tem ninguém". E provavelmente não poderia ter ninguém, estavamos sozinhos. Sem companhias. Por escolhas e por destino. Havia apenas alguns sussurros em volta do muro, chamando-nos. Mas nada de verdade, nada que nos segurassem ali. "A vida é tão rara". O mesmo me disse, em uma voz calma, quente e baixa. Segurou minha mão. Nesse instante pude perceber, que não estava sozinha, que poderia correr em qualquer direção, a mesma mão estaria comigo, por escolha e por raíz. Só queria ter certeza. Percebi, que a cada instante, havia uma nova sensação dentro de mim. Para me explicar detalhadamente que nenhum instante é igual o outro. Será que temos esse tempo para perder? Eu sei, a vida não para. Nada é igual para sempre, ninguém é igual a ninguém... E a vida não para. Segurei forte sua mão. E dessa vez, eu mesma disse: quer viver comigo?

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