terça-feira, 3 de maio de 2011

Acordei, e vi que o relógio já indicava 9:26. Olhei para todos os cantos do meu quarto, e não o encontrei. Meio desajeitada ainda com um pouco de sono, caminhei pela casa, comecei com cautela e depois o desespero me veio ao peito. Estava sozinha. Ele não estava comigo, nessa manhã de terça feira. Fui até a cozinha, e preparei um café da amanhã, coloquei na mesa, de uma maneira formal, como se precisasse agradar alguém, como se eu tivesse uma companhia para um singelo café da manhã, fria e silenciosa, onde tudo que escutava eram meus gritos internos, pedindo para que ele viesse. Talvez eu fosse louca, como ele mesmo já supôs. O mesmo trabalho que tive pra por, foi o que eu tive pra tirar a mesa... Fui até a janela, e observei o céu... Como eu queria que em instantes um enorme corpo me envolvesse pelas costas, beijando meu pescoço e me abraçando forte. Senti apenas o calor do sol, que pode felizmente matar a leve dor do frio. Com os pés descalços, passo a passo, caminhei pela casa, novamente, casa vazia, branca, leve, livre para a correnteza de vento frio... Fui até meu quarto, novamente. No lençol, as marcas invisíveis de seus póros ainda existem. O perfume desgastado aqui, ainda me provoca. E já não é tão confortável, tão quente, apenas com lembranças. Sentei-me, abracei meus joelhos e ali fiquei por um tempo, com um exercício que ele mesmo me ensinou, concentrei-me para não pensar em nada... Permaneci quieta, fria, sozinha. Aos poucos fui me deitando novamente, com dificuldade de como algo impedisse. A ausencia dele me impedia de me sentir a vontade...
Ah eu queria... como eu queria que ele estivesse aqui...

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