quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Com a maneira em que

me olhava eu já podia imaginar o que pensava. Via-me além do que aparento ser. Via-me maior, acesa. O mirar dos seus olhos atravessavam as camadas do meu corpo, conseguia senti-lo quente, pulsante, de longe. A cada fração de segundos que passava, aparentava-me uma eternidade. Diante tantas parecidas, e melhores, porque justo eu? Sentia-me orgulhosa, e com receio. Muito receio. Talvez fosse o fim de tudo, ou um novo começo. Sempre ouvir falar muito bem ao seu respeito, estava ansiosa apenas pra saber o motivo em que tanto me olhava, ainda mais agora que sentia as particulas do vento vindo de sua direção. Talvez estivesse se aproximando. Agora realmente estava perto, podia sentir o cheiro de roupa lavada, pele humana, e realmente estava tão perto, que eu nunca pensei em me acostumar com tal idéia.

- Olá, - Sua voz era o melhor tipo de melodia que já havia imaginado ouvir. Coloquei as mãos trêmulas nos cabelos, tentando parecer mais apresentável, e para haver meio minuto de pausa entre sua voz calma, e a minha certamente rouca e desajeitada.

- Oi -Minha mãos agora suavam- Não imaginava te ver por aqui -Droga, não deveria ter falado isso- Digo, não que eu não queira que você esteja aqui... - De hipotise alguma ele deveria pensar que eu gostaria que ele não estivesse ali. Estava diante do momento mais esperando.

- Você está um pouco.. -A pause dele me preocupou- Hm.. Nervosa?
- Sim, quero dizer, não! Estou apenas um pouco agitada.

Afinal, esse era o meu jeito, agitada e consequente com as mãos suando.

Estar ali trazia uma sensação nova, talvez um recomeço. Entre milhares da especie da minha flor predileta, e com o modelo de pessoa em que eu queria ter, ser, ver... Uma boa oportunidade para recomeçar, não? Não deixaria isso passar, acabar, e peder essa chance. Não podia. O receio apenas era de que em segundo estivesse na minha cama, e tudo isso não passasse de um sonhos... Ele colocou suas mão sob as minhas, não, não era um sonho, podia sentir a cirtulação, e sua pele grossa da sua mão esquerda sobre o meu ombro.

- Talvez tivessemos que correr -O tom da sua voz, era realmente deslumbrantemente linda, e o convite para correr só foi aceito por isso, correr não é comigo...

De repente, senti uma pressão forte em minha mão, era seus dedos, me puxando entre meu lugar preferido. E eu apenas, corri...

Vendo-o ao meu lado, me guiando, me trazia uma certa tranquilidade, uma vontade de continuar diante. Agora parados e sentados sob o pé de uma pequena árvore, sem dizer nada, ele continua a fazer o que eu gostava, olhava-me, com um olhar cheio de intenções e de opniões, mas isso não me importava, apenas precisava que continuasse olhando-me...

Nenhum comentário:

Postar um comentário